Gasolina Comum e Aditivada
A composição da Gasolina Comum é variável em função da matéria-prima e do processo de produção. Pode-se afirmar que a gasolina é um combustível derivado do petróleo, constituído por hidrocarbonetos selecionados de acordo com as características de ignição e escoamento adequadas ao funcionamento dos motores do ciclo Otto.
O percentual obrigatório de etanol anidro combustível na gasolina comum é, a partir da zero hora do dia 16 de março de 2015, de 27% enquanto a gasolina premium deve-se adicionar 25% de etanol anidro combustível, conforme disposto na Resolução do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima) nº 1, de 4 de março de 2015, publicada no Diário Oficial da União em 6 de março de 2015. A margem de erro admissível é de mais ou menos 1%, conforme disposto no Art. 1°, da Lei 10.203/2001.
Gasolina aditivada é a gasolina especificada de acordo com a Resolução ANP nº 40, de 25 de outubro de 2013, podendo ser comum ou premium (gasolina com número de octano mais elevado) acrescentada de produto denominado aditivo para combustível automotivo, que pode apresentar diversos benefícios. Dentre eles, os mais comuns são os detergentes dispersantes, cuja função é manter limpo todo o sistema de alimentação do combustível do veículo.
Ou seja, as gasolinas comum e aditivada diferem apenas pela presença de aditivos, que, no caso dos detergentes dispersantes reduzem a possibilidade de entupimentos do sistema de alimentação e acúmulo de depósitos, causados pela queima do combustível no motor. Para diferenciá-las as distribuidoras geralmente adicionam corante na gasolina aditivada.
O dimensionamento da relação custo-benefício depende da forma de utilização do veículo: em situações típicas de "anda e pára" (grandes centros urbanos) ou uso do veículo em trechos curtos (nos quais o motor não chega a aquecer até o ponto de funcionamento ideal), a relação é muito favorável, pois é nessas situações que há maior formação e acúmulo de depósitos. Entretanto, as vantagens do uso da gasolina aditivada são reduzidas consideravelmente quando as velocidades médias são altas, como nas viagens em auto-estradas. Apesar disso, outros benefícios podem não estar tão relacionados com a forma de utilização do veículo. Aditivos antioxidantes, por exemplo, tem a função de evitar a deterioração do combustível armazenado no tanque do veículo.
Vale ressaltar que os aditivos presentes na gasolina podem variar de uma marca para outra e das vantagens que cada distribuidora deseja proporcionar com o seu combustível.
Diesel S-500 e S-10
O Diesel S-500 é assim chamado por conter 500mg/kg ou ppm (partes por milhão) de teor máximo de enxofre, sendo conhecido nos postos como diesel comum. É um produto adequado aos veículos a diesel fabricados antes de 1° de janeiro de 2012.
Diesel S-10 é o diesel com teor de enxofre máximo de 10 mg/kg (ou partes por milhão, ppm); O Diesel S-10 tem número de cetano de 48, contra 42 do Diesel S-500/1800 e 46 do Diesel S-50. O número de cetano mede a qualidade de ignição.
Propicia a introdução de veículos a diesel com modernas tecnologias de tratamento de emissões, com redução de até 80% das emissões de material particulado (MP) e de até 98% das emissões de óxidos de nitrogênio (NOx).
Princiapis Vantagens
- Melhora a partida a frio e reduz a emissão de fumaça branca.
- Diminui a formação de depósitos e a ocorrência de desgastes no motor.
- Melhora o desempenho dos motores diesel em geral comparado ao Diesel S-500.
- Aumenta os intervalos de troca do lubrificante.
Biodiesel
Desde 1º de novembro de 2014, o óleo diesel comercializado em todo o Brasil contém 7% de biodiesel. Esta regra foi estabelecida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que aumentou de 5% para 7% o percentual obrigatório de mistura de biodiesel ao óleo diesel. A contínua elevação do percentual de adição de biodiesel ao diesel demonstra o sucesso do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel e da experiência acumulada pelo Brasil na produção e no uso em larga escala de biocombustíveis.
O Brasil está entre os maiores produtores e consumidores de biodiesel do mundo, com uma produção anual, em 2013, de 2,9 bilhões de litros e uma capacidade instalada, no mesmo ano, para cerca de 7,9 bilhões de litros.
O biodiesel é um combustível produzido a partir de óleos vegetais ou de gorduras animais. Dezenas de espécies vegetais presentes no Brasil podem ser usadas na produção do biodiesel, entre elas soja, dendê, girassol, babaçu, amendoim, mamona e pinhão-manso. Entretanto, o óleo vegetal in natura é bem diferente do biodiesel, que deve atender à especificação estabelecida pela Resolução ANP n° 7/2008.
Para se tornar compatível com os motores a diesel, o óleo vegetal precisa passar por um processo químico chamado transesterificação, realizado nas instalações produtoras de biodiesel autorizadas pela ANP.
É possível, também, usar mais de uma fonte vegetal no mesmo biodiesel. A mamona, por exemplo, se usada em mistura com outros óleos, agrega propriedades positivas ao produto final, como a redução do ponto de congelamento, sem alterar as especificações exigidas pela ANP.
A venda de diesel BX – nome da mistura de óleo diesel derivado do petróleo e um percentual (7%, atualmente) de biodiesel – é obrigatória em todos os postos que revendem óleo diesel, sujeitos à fiscalização pela ANP. A adição de até 7% de biodiesel ao diesel de petróleo foi amplamente testada, dentro do Programa de Testes coordenado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, que contou com a participação da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Os resultados demonstraram, até o momento, não haver a necessidade de qualquer ajuste ou alteração nos motores e veículos que utilizem essa mistura.
Etanol
O etanol pode ser produzido a partir de diversas fontes vegetais, mas a cana-de-açúcar é a que oferece mais vantagens energéticas e econômicas. O Brasil só produz etanol de cana.
Os automóveis que circulam no País usam dois tipos de etanol combustível: o hidratado, consumido em motores desenvolvidos para este fim, e o anidro, que é misturado à gasolina, sem prejuízo para os motores, em proporções variáveis. Desde março de 2015, a partir da publicação da Portaria nº 75 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, toda Gasolina Comum e Aditivada vendida no Brasil contém 27% de etanol anidro combustível e toda Gasolina Premium contém 25% de etanol anidro combustível.
Para combater fraudes - tais como a adição de água ao etanol anidro para ser vendido como hidratado (mistura conhecida como “álcool molhado”) – a ANP estabeleceu, por meio da Resolução nº 36/2005, revogada pela Resolução ANP nº 7/2011, a obrigatoriedade de adição de corante de cor laranja ao etanol anidro. Como o etanol hidratado é incolor, o corante denuncia se houver presença do anidro irregularmente misturado. Com a medida, o índice de não-conformidade no etanol caiu de 3,8% em 2006 para 2,2% em 2010.
Fonte: anp.gov.br